sábado, 13 de agosto de 2011

CATOLICISMO E CRISTIANISMO NO MUNDO.

O padre Damásio, sacerdote Valmir Damásio pertence a IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA CARISMÁTICA(ICAC) escreveu um artigo, que foi publicado em muitos sites de várias igrejas. Neste link no site da ICC. Igreja Carismática de Belém.
Fonte:
http://www.igrejacatolicacarismatica.org.br/


CATOLICISMO NO MUNDO

Muita confusão se dá pelo mundo, em relação ao catolicismo. Ora, pois vamos entender o que é catolicismo. Jesus Cristo trouxe o evangelho ao mundo, profetizou que PEDRO iria edificar a igreja. Assim o fez no dia de Pentecostes, recebeu o Espírito Santo e converteu mais de 3 mil almas. Em seguida as IGREJAS tiveram diáconos, presbíteros, bispos e concílios. São Paulo se torna cristão depois, pois antes como cidadão romano perseguia os cristãos. O mesmo São Paulo que escreveu a maioria das epístolas. Se você ler a bíblia, especialmente ATOS DOS APÓSTOLOS e depois as epístolas não encontrará uma referência, uma sequer de um apóstolo, sendo maior que o outro. Nunca houve um que tivesse poder sobre os demais, sendo que Paulo repreendeu Pedro, mas ambos eram homens de amor. Assim a Igreja prosseguiu mesmo, com perseguições, sendo IGREJAS EPISCOPAIS, com bispos. Por volta do ano 300 Constantino, consegue oficializar a igreja em Roma, depois veio o nome Católico ( cristão universal) foi nesta época que surgiram papas. Mais tarde a Igreja Ortodoxa rompeu com Roma, sendo considerada esta a primeira igreja católica do mundo, pois até hoje governa as Igrejas Católicas na Terra Santa, berço do Cristianismo. Mesmo com o CISMA os ortodoxos continuaram católicos, tão certo como os anglicanos que nacionalizaram o catolicismo, muita gente vê na TV, em filmes, igrejas católicas, mas não percebem que são anglicanas, especialmente nos Estados Unidos e na Inglaterra. Com muitas e muitas divergências, depois do Concílio Vaticano II, chegamos ao papa João Paulo II. O Papa João Paulo II deu grande prova, devolvendo as relíquias que pertenciam a Igreja Ortodoxa e até pediu perdão. Neste ano de 2011 o Papa Bento XVI, iniciou o ano com o tema: Liberdade religiosa caminho para a paz. Somado a isto tudo temos que voltar a 1889, houve a Declaração de Ultrecht, os véteros católicos (velhos católicos) que romperam com o vaticano, hoje em dia alguns alegam comunhão, de fato, comunhão plena, estão alguns grupos, pois dentro da própria comunhão romana existem muitos ritos, em alguns países os padres são casados, como é o caso da igreja Católica Maronita, fora do Brasil. O que de fato configura um católico? Ser cristão universal e professar o credo de Nicéia. No Brasil existem inúmeras igrejas católicas, não são religiões católicas, como alguns afirmam, são igrejas católicas de fato. Estas igrejas possuem sucessão apostólica, independente da origem, todas são validas. Porém perante a lei brasileira, todas as igrejas são exatamente iguais, os sacramentos, são os mesmos, enfim, ninguém em pleno século XXI pode fazer apologia mentirosa, afirmando que esta ou aquela igreja católica é melhor ou pior. O próprio Censo 2010 já trouxe 27 opções de católico, para quem respondeu o questionário completo. O que é padre alguns perguntam? Padre quer dizer presbítero ordenado, pois IGREJA ALGUMA ORDENA ALGUÉM A PADRE, ordenam a presbíteros, padre é pai, se um pai, for indigno com seus filhos, por exemplo abusar de seus filhos é um falso pai, assim é com os padres. Se são verdadeiros pais para seu rebanho são autênticos, independente da igreja católica que pertençam. Alguns pensam que só algumas igrejas demoram anos para formar os seus padres, grande engano, as igrejas católicas, sejam romanas, nacionais, carismáticas, veteros, ortodoxas, anglicanas, seguem o mesmo trajeto de formação. Por isto, Católicos, vamos nos unir em Cristo no amor de Maria. Se alguém se achar dono da verdade, estará naquilo que a bíblia afirma: Os falsos mestres, pois para estes sua igreja é a única. Temos que tomar cuidado para não entrarmos neste caminho nunca. Como disse o grande Arcebispo da Indonésia, a IGREJA CATÓLICA não é Romana é do mundo, universal, em todas as suas vertentes. Em Roma, dentro de Roma existem igrejas católicas não ligadas ao Vaticano e nem por isto deixam de ser católicas. Oremos pelo Papa, por todos os patriarcas do mundo, que nós sejamos um em CRISTO, lembrando que cabeça da Igreja só existe um nas ESCRITURAS, que é Cristo.
Paz e bem a todos.
Por Padre Valmir Damásio, ICAC

sábado, 16 de julho de 2011

Igrejas Católicas sim IGREJA CATÓLICA não.

Igrejas católicas , todos sabem quer dizer igrejas universais, que mantém sucessão apostólica.
O Censo 2010 já trazia 27 opções, para se responder a qual ramo católico a pessoa pertencia. Isto em cada 10 entrevistados, quando entrava o questionário com religião.
Mas vejam o que o Pr. Diógenes Monteiro (ex padre Romano) pois uma vez padre, padre para sempre, expõe em seu blog.
FONTE:
http://pastordiogenesmonteiro.blogspot.com/2011/02/divisoes-do-catolicismo-romano.html

Evangélicas são tantas que nem dá pra contar, tão pouco saber qual delas é a certa. Você já ouviu isso? Dizem ainda que a Igreja Catolica é una (única); “A Igreja Católica é una... tem uma só fé, uma só vida sacramental, uma única sucessão apostólica, uma comum esperança e a mesma caridade. A única igreja de Cristo como sociedade constituída e organizada no mundo subsiste (subsistit in) na Igreja Católica, governada pelo sucessor de Pedro (o Papa) e pelos bispos em comunhão com ele”. (Compêndio do Catecismo da Igreja Católica p.61, grifo nosso).




Não é o que sabemos de fato. Existem tantos ramos diferentes do Catolicismo, cada uma se julgando ser a verdadeira Igreja de Jesus Cristo, quando ministérios interdenominacionais. Sim, porque não existem uma infinidade de Igrejas evangélicas, existem sim inúmeros ministérios denominacionais como instituição religioso com fins de identificação ministerial e não igrejas brigando entre si pelo monopólio da salvação. Estamos falando das igrejas genuinamente cristãs que pregam a Bíblia como única regra de fé e conduta para os cristãos e a salvação unicamente por meio do sacrifício de Cristo na cruz.


CONHEÇAM AS DIVISÕES DAS IGREJAS CATÓLICAS



Igreja Católica Apostólica Brasileira: A ICAB é uma Instituição religiosa, Cismática (discordância de opiniões) da Igreja Católica Apostólica Romana, fundada em 6 de julho de 1945, por Dom Carlos Duarte Costa.

Episcopado da Igreja Católica Apostólica Brasileira

Movimento Católico Independente: O movimento católico independente do Vaticano veio para a Grã-Bretanha em 1908, quando Arnold Harris Mathew, foi consagrado bispo na antiga Igreja Católica de Utrecht.


Velha Igreja Católica: Os termos Velha Igreja Católica, Antiga Igreja Católica ou Igreja Vétero-Católica referem-se a uma associação dos movimentos e Igrejas nacionais católicas independentes do Papa e surgidas após o Concílio Vaticano I (1869-1870). Atualmente, a Igreja Vétero-Católica não está em comunhão com a Santa Sé, está em plena comunhão com a Comunhão Anglicana e é um membro do Conselho Mundial das Igrejas.


Igreja Católica Oriental: As Igrejas Católicas Orientais são Igrejas particulares sui iuris em plena comunhão com o Papa. Elas conservam as seculares tradições litúrgicas e devocionais das várias igrejas orientais com as quais estão associadas historicamente. Enquanto divergências doutrinárias dividem as igrejas orientais não-católicas em grupos desprovidos de comunhão mútua, as Igrejas Católicas Orientais acham-se unidas umas com as outras bem como com a Igreja Católica de Rito Latino (sediada no Ocidente), conquanto se diversifiquem quanto à ênfase teológica, às formas da liturgia, à piedade popular, à disciplina canônica e à terminologia. Sobretudo, elas reconhecem a função central do Sumo Pontífice, sua suprema autoridade e
 sua infalibilidade magisterial. Apesar disso, as Igrejas orientais católicas têm uma autonomia considerável em relação ao Papa.

 Igreja Católica Copta: A Igreja Católica Copta é uma Igreja particular oriental sui juris em plena comunhão com a Igreja Católica. Isto quer dizer que ela, nunca abandonando as suas veneráveis tradições e ritos litúrgicos orientais, aceita a autoridade e primazia do Papa. Unida formal e oficialmente à Santa Sé em 1741, esta Igreja foi fruto de uma cisão ocorrida na Igreja Ortodoxa Copta, que não aceita a autoridade papal.




O seu rito litúrgico é de tradição alexandrina e a sua língua litúrgica é o copta. Desde 2005, esta Igreja oriental é governada pelo Patriarca copta Antonios Naguib, juntamente com o seu sínodo, mas sempre sob a supervisão do Papa.


Igreja Católica Carismática: A Igreja Católica Carismática não é dissidente da Renovação Carismática Católica (RCC), um movimento de caráter pentecostal pertencente à Igreja Católica Romana. Como denominação iniciou as atividades em 2004, em Belém/PA, quando foi sagrado o seu bispo. Na sua origem está o Instituto Santo Expedito, criado dento da Igreja Católica Apostólica Romana, na década de 1960, para incentivar as formação de capelães militares. Atualmente o Instituto está vinculado à Igreja Católica Carismática.


Não está sob a jurisdição da Igreja Católica. Possui sucessão apostólica Romana (Vétero-Católica) e Ortodoxa Grega. No Brasil é liderada por um Arcebispo Primaz e possui o apoio de Dom Milingo, ex-arcebispo católico romano de Luzaca (Zambia-África). Não se deve confundir a Igreja Católica Carismática com o movimento da RCC, movimento esse vinculado à Igreja Católica Romana, nem com a Igreja Católica Apostólica Carismática de Portugal, membro da Comunhão Internacional da Igreja Episcopal Carismática.Tanto os presbíteros como os bispos podem ser casados e as mulheres são admitidas no ministério eclesiástico.


Igreja Católica Conservadora do Brasil: A Igreja Católica Conservadora do Brasil é uma denominação católica de rito romano. Tem caráter independente e, por isso, não presta obediência ao bispo de Roma - em semelhança às Igrejas Vétero-Católicas. Foi fundada pelo Patriarca Dom Darcy Milani. Sua sede fica em Santa Catarina, na cidade de São Domingos, em uma localidade chamada Vila Milani, que se intitula a Capital Mundial da Fé.


Igrejas católicas dissidentes


• Igreja Anglicana Missionária do Redentor (Região Nordeste)
• Igreja Apostólica Episcopal
• Igreja Católica - Padres Clementinos (Região Santana de São Paulo)
• Igreja Católica Apostólica Carismática (Campinas -SP)
• Igreja Católica Apostólica Carismática (Santa Catarina)
• Igreja Católica Apostólica Carismática (Sorocaba – SP)
• Igreja Católica Apostólica Cristã
• Igreja Católica Apostólica de Jerusalém
• Igreja Católica Apostólica Ecumênica Contemporânea
• Igreja Católica Apostólica Livre do Brasil
• Igreja Católica Apostólica Missionária de Evangelização
• Igreja Católica Apostólica Nacional
• Igreja Católica Apostólica Nordestina
• Igreja Católica Apostólica Tributária
• Igreja Católica Carismática (Belém - PA)
• Igreja Católica da Primeira Ordem
• Igreja Católica Ecumênica
• Igreja Católica Ecumênica do Brasil
• Igreja Católica Ecumênica Renovada (Lorena - SP)
• Igreja Católica e Apostólica Reunida no Brasil - SP
• Igreja Episcopal Latina do Brasil
• Santa Igreja Velha Católica


Igrejas católicas ortodoxas


• Igreja Católica Apostólica Ortodoxa - Patriarcado do Brasil
• Igreja Católica Apostólica Ortodoxa Americana
• Igreja Católica Apostólica Ortodoxa do Brasil
• Igreja Católica Apostólica Ortodoxa Ocidental
• Igreja Católica Apostólica Ortodoxa Militante
• Igreja Católica Apostólica Ortodoxa Unida - Eparquia Mundial (Maranhão)
• Igreja Ortodoxa Católica Apostólica Militante (Bahia)


Congregações


• Congregação de São José
• Congregação dos Missionários de Cristo Sacerdote Eterno
• Congregação dos Missionários de Jesus
• Congregação dos Missionários de Jesus Peregrino
• Congregação dos Padres Clementinos (Osasco – SP)
• Congregação dos Padres da Divina Providência
• Congregação dos Sagrados Corações
• Congregação Missionária de São Marcos Evangelista ( Sociedade Missionária de São Marcos Evangelista)
• Sacra Congregação Ecumênica Jesus Divino Redentor


Ordens


• Ordem de Santo André
• Ordem dos Missionários Mensageiros do Verbo Divino
• Ordem dos Santos Padres Católicos Apostólicos Ortodoxos

terça-feira, 28 de junho de 2011

Padre e freira condenados por pedofilia.

ESCÂNDALO: PADRE E FREIRA- Saiu a condenação no caso de pedofilia de Canoinhas. Não só o padre Marcos César Andreiv foi condenado a 10 anos e meio em regime fechado pelo crime como a freira Josiane Kelniar teve a mesma condenação, só que em regime aberto, por ajudar o padre.
Wanderlei Salvador http://www.obv.com.br/
Manifestação em Canoinhas SC Manifestação em Canoinhas SC / Foto: Jornal Correio do Norte
Arquivo Arquivo / Foto: Div.OBV
COMO FOI QUE ISSO ACONTECEU??
Em 2009, a mãe de uma menina suspeitou do abuso porque ela se recusava a ir à creche que fica próxima à igreja onde o pároco era… pároco.
A mãe procurou a polícia e, pra ela, a garota contou que o padre a tocava em suas partes pudentas e dizia para ela não contar a ninguém porque senão “o anjinho levaria sua mãe pra sempre”. A menina teria dito também que o padre tirava a roupa quando ambos estavam a sós.
De acordo com relatórios médicos, a garota estava emocionalmente abalada por causa do abuso.
As acusações de pedofilia contra o padre Marcos César Andreiv, ligado à Igreja Católica do rito ucraniano, em Canoinhas, no Planalto Norte de Santa Catarina, renderam uma condenação de 10 anos e seis meses de prisão ao religioso. A sentença foi assinada nesta sexta-feira (24) pelo juiz Rodrigo Rodrigues.
 
O padre estava preso preventivamente desde outubro do ano passado, acusado de abusar de uma menina de quatro anos. Ele não terá o direito de recorrer em liberdade. Na mesma sentença, o juiz também condenou a freira Josiane Kelniar à mesma pena. Mas ela terá o direito de responder em liberdade. A freira foi denunciada por ajudar o padre a praticar os atos de pedofilia.

O caso veio à tona quando a mãe da menina desconfiou que a filha estivesse sendo molestada. Em depoimento à polícia, a criança disse que era tocada nas partes íntimas e que o padre a orientava a não contar nada " porque o anjinho a levaria".

Um relatório psicológico confirmou que a menina foi vítima de abuso. Ainda no decorrer da investigação, a Justiça aceitou o pedido de prisão preventiva feito pela Polícia Civil.

— O que se pretende é evitar que o indiciado cometa novos crimes contra outras crianças. Conforme indicam as provas indiciárias, o acusado aproveitou-se de sua profissão de sacerdote para praticar os delitos de cunho sexual — escreveu o juiz Rodrigo Rodrigues, na época.
 
Antes de se entregar, o padre Marcos Andreiv deixou Canoinhas e chegou a passar algumas semanas como foragido no Paraná. Durante o processo, a defesa do padre alegou "constrangimento ilegal" na prisão por falta de prova da autoria do crime.
 
A reportagem tentou falar com o advogado Ivo Fiorentin, que defende o padre e a freira no caso. Mas ele não foi encontrado para atender os telefonemas em casa e no escritório. Procurado no celular, o filho dele atendeu a ligação e informou que Ivo havia se retirado para uma fazenda e estava incomunicável.
FONTE:
http://www.obv.com.br/

domingo, 5 de junho de 2011

Igrejas véteros se unem no Brasil

Uma ótima notícia, as igrejas véteros católicas, estão se unindo no país.
Dia 18 de julho um encontro em Santos, promovido pelos véteros de Curitiba.
Somadas no  Brasil as Igrejas católicas nacionais e véteros, formam milhões e milhões de fiéis, com muitos bispos que promovem a unidade.
Mais informações no site:
http://www.veterosdobrasil.com/novositevetero/

De lá a foto da primeira igreja vétero do Brasil em Ponta Grossa Paraná.
Este blog agradece pela foto.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Alguns romanos não leem o que o Papa escreve?

Recebemos e publicamos o e mail na integra, sem nada acrescentarmos, mas vi no blog do padre, algo que já todos sabem.
O Papa iniciou o ano pedindo"Liberdade Religiosa , Caminho para Paz.
Creio eu que alguns não devem ler, ou ouvir seu lider.
Injuriados estamos nós os véteros com o bispo romano de Bauru.
Mas façamos orações pela sua alma.
Eis a matéria;
Fonte: Radio do Vaticano
http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/messages/peace/documents/hf_ben-xvi_mes_20101208_xliv-world-day-peace_po.html
MENSAGEM DE SUA SANTIDADE
BENTO XVIPARA A CELEBRAÇÃO DO
XLIV DIA MUNDIAL DA PAZ
1 DE JANEIRO DE 2011

LIBERDADE RELIGIOSA, CAMINHO PARA A PAZ
1. NO INÍCIO DE UM ANO NOVO, desejo fazer chegar a todos e cada um os meus votos: votos de serenidade e prosperidade, mas sobretudo votos de paz. Infelizmente também o ano que encerra as portas esteve marcado pela perseguição, pela discriminação, por terríveis actos de violência e de intolerância religiosa.
Penso, em particular, na amada terra do Iraque, que, no seu caminho para a desejada estabilidade e reconciliação, continua a ser cenário de violências e atentados. Recordo as recentes tribulações da comunidade cristã, e de modo especial o vil ataque contra a catedral siro-católica de «Nossa Senhora do Perpétuo Socorro» em Bagdad, onde, no passado dia 31 de Outubro, foram assassinados dois sacerdotes e mais de cinquenta fiéis, quando se encontravam reunidos para a celebração da Santa Missa. A este ataque seguiram-se outros nos dias sucessivos, inclusive contra casas privadas, gerando medo na comunidade cristã e o desejo, por parte de muitos dos seus membros, de emigrar à procura de melhores condições de vida. Manifesto-lhes a minha solidariedade e a da Igreja inteira, sentimento que ainda recentemente teve uma concreta expressão na Assembleia Especial para o Médio Oriente do Sínodo dos Bispos, a qual encorajou as comunidades católicas no Iraque e em todo o Médio Oriente a viverem a comunhão e continuarem a oferecer um decidido testemunho de fé naquelas terras.
Agradeço vivamente aos governos que se esforçam por aliviar os sofrimentos destes irmãos em humanidade e convido os católicos a orarem pelos seus irmãos na fé que padecem violências e intolerâncias e a serem solidários com eles. Neste contexto, achei particularmente oportuno partilhar com todos vós algumas reflexões sobre a liberdade religiosa, caminho para a paz. De facto, é doloroso constatar que, em algumas regiões do mundo, não é possível professar e exprimir livremente a própria religião sem pôr em risco a vida e a liberdade pessoal. Noutras regiões, há formas mais silenciosas e sofisticadas de preconceito e oposição contra os crentes e os símbolos religiosos. Os cristãos são, actualmente, o grupo religioso que padece o maior número de perseguições devido à própria fé. Muitos suportam diariamente ofensas e vivem frequentemente em sobressalto por causa da sua procura da verdade, da sua fé em Jesus Cristo e do seu apelo sincero para que seja reconhecida a liberdade religiosa. Não se pode aceitar nada disto, porque constitui uma ofensa a Deus e à dignidade humana; além disso, é uma ameaça à segurança e à paz e impede a realização de um desenvolvimento humano autêntico e integral.[1]
De facto, na liberdade religiosa exprime-se a especificidade da pessoa humana, que, por ela, pode orientar a própria vida pessoal e social para Deus, a cuja luz se compreendem plenamente a identidade, o sentido e o fim da pessoa. Negar ou limitar arbitrariamente esta liberdade significa cultivar uma visão redutiva da pessoa humana; obscurecer a função pública da religião significa gerar uma sociedade injusta, porque esta seria desproporcionada à verdadeira natureza da pessoa; isto significa tornar impossível a afirmação de uma paz autêntica e duradoura para toda a família humana.
Por isso, exorto os homens e mulheres de boa vontade a renovarem o seu compromisso pela construção de um mundo onde todos sejam livres para professar a sua própria religião ou a sua fé e viver o seu amor a Deus com todo o coração, toda a alma e toda a mente (cf. Mt 22, 37). Este é o sentimento que inspira e guia a Mensagem para o XLIV Dia Mundial da Paz, dedicada ao tema: Liberdade religiosa, caminho para a paz.
Direito sagrado à vida e a uma vida espiritual
2. O direito à liberdade religiosa está radicado na própria dignidade da pessoa humana,[2] cuja natureza transcendente não deve ser ignorada ou negligenciada. Deus criou o homem e a mulher à sua imagem e semelhança (cf. Gn 1, 27). Por isso, toda a pessoa é titular do direito sagrado a uma vida íntegra, mesmo do ponto de vista espiritual. Sem o reconhecimento do próprio ser espiritual, sem a abertura ao transcendente, a pessoa humana retrai-se sobre si mesma, não consegue encontrar resposta para as perguntas do seu coração sobre o sentido da vida e dotar-se de valores e princípios éticos duradouros, nem consegue sequer experimentar uma liberdade autêntica e desenvolver uma sociedade justa.[3]
A Sagrada Escritura, em sintonia com a nossa própria experiência, revela o valor profundo da dignidade humana: «Quando contemplo os céus, obra das vossas mãos, a lua e as estrelas que lá colocastes, que é o homem para que Vos lembreis dele, o filho do homem para dele Vos ocupardes? Fizestes dele quase um ser divino, de honra e glória o coroastes; destes-lhe poder sobre a obra das vossas mãos, tudo submetestes a seus pés» (Sl 8, 4-7).
Perante a sublime realidade da natureza humana, podemos experimentar a mesma admiração expressa pelo salmista. Esta manifesta-se como abertura ao Mistério, como capacidade de interrogar-se profundamente sobre si mesmo e sobre a origem do universo, como íntima ressonância do Amor supremo de Deus, princípio e fim de todas as coisas, de cada pessoa e dos povos.[4] A dignidade transcendente da pessoa é um valor essencial da sabedoria judaico-cristã, mas, graças à razão, pode ser reconhecida por todos. Esta dignidade, entendida como capacidade de transcender a própria materialidade e buscar a verdade, há-de ser reconhecida como um bem universal, indispensável na construção duma sociedade orientada para a realização e a plenitude do homem. O respeito de elementos essenciais da dignidade do homem, tais como o direito à vida e o direito à liberdade religiosa, é uma condição da legitimidade moral de toda a norma social e jurídica.
Liberdade religiosa e respeito recíproco
3. A liberdade religiosa está na origem da liberdade moral. Com efeito, a abertura à verdade e ao bem, a abertura a Deus, radicada na natureza humana, confere plena dignidade a cada um dos seres humanos e é garante do respeito pleno e recíproco entre as pessoas. Por conseguinte, a liberdade religiosa deve ser entendida não só como imunidade da coacção mas também, e antes ainda, como capacidade de organizar as próprias opções segundo a verdade.
Existe uma ligação indivisível entre liberdade e respeito; de facto, «cada homem e cada grupo social estão moralmente obrigados, no exercício dos próprios direitos, a ter em conta os direitos alheios e os seus próprios deveres para com os outros e o bem comum».[5] 
Uma liberdade hostil ou indiferente a Deus acaba por se negar a si mesma e não garante o pleno respeito do outro. Uma vontade, que se crê radicalmente incapaz de procurar a verdade e o bem, não tem outras razões objectivas nem outros motivos para agir senão os impostos pelos seus interesses momentâneos e contingentes, não tem uma «identidade» a preservar e construir através de opções verdadeiramente livres e conscientes. Mas assim não pode reclamar o respeito por parte de outras «vontades», também estas desligadas do próprio ser mais profundo e capazes, por conseguinte, de fazer valer outras «razões» ou mesmo nenhuma «razão». A ilusão de encontrar no relativismo moral a chave para uma pacífica convivência é, na realidade, a origem da divisão e da negação da dignidade dos seres humanos. Por isso se compreende a necessidade de reconhecer uma dupla dimensão na unidade da pessoa humana: a religiosa e a social. A este respeito, é inconcebível que os crentes «tenham de suprimir uma parte de si mesmos – a sua fé – para serem cidadãos activos; nunca deveria ser necessário renegar a Deus, para se poder gozar dos próprios direitos».[6]
A família, escola de liberdade e de paz
4. Se a liberdade religiosa é caminho para a paz, a educação religiosa é estrada privilegiada para habilitar as novas gerações a reconhecerem no outro o seu próprio irmão e a sua própria irmã, com quem caminhar juntos e colaborar para que todos se sintam membros vivos de uma mesma família humana, da qual ninguém deve ser excluído.
A família fundada sobre o matrimónio, expressão de união íntima e de complementaridade entre um homem e uma mulher, insere-se neste contexto como a primeira escola de formação e de crescimento social, cultural, moral e espiritual dos filhos, que deveriam encontrar sempre no pai e na mãe as primeiras testemunhas de uma vida orientada para a busca da verdade e para o amor de Deus. Os próprios pais deveriam ser sempre livres para transmitir, sem constrições e responsavelmente, o próprio património de fé, de valores e de cultura aos filhos. A família, primeira célula da sociedade humana, permanece o âmbito primário de formação para relações harmoniosas a todos os níveis de convivência humana, nacional e internacional. Esta é a estrada que se há-de sapientemente percorrer para a construção de um tecido social robusto e solidário, para preparar os jovens à assunção das próprias responsabilidades na vida, numa sociedade livre, num espírito de compreensão e de paz.
Um património comum
5. Poder-se-ia dizer que, entre os direitos e as liberdades fundamentais radicados na dignidade da pessoa, a liberdade religiosa goza de um estatuto especial. Quando se reconhece a liberdade religiosa, a dignidade da pessoa humana é respeitada na sua raiz e reforça-se a índole e as instituições dos povos. Pelo contrário, quando a liberdade religiosa é negada, quando se tenta impedir de professar a própria religião ou a própria fé e de viver de acordo com elas, ofende-se a dignidade humana e, simultaneamente, acabam ameaçadas a justiça e a paz, que se apoiam sobre a recta ordem social construída à luz da Suma Verdade e do Sumo Bem.
Neste sentido, a liberdade religiosa é também uma aquisição de civilização política e jurídica. Trata-se de um bem essencial: toda a pessoa deve poder exercer livremente o direito de professar e manifestar, individual ou comunitariamente, a própria religião ou a própria fé, tanto em público como privadamente, no ensino, nos costumes, nas publicações, no culto e na observância dos ritos. Não deveria encontrar obstáculos, se quisesse eventualmente aderir a outra religião ou não professar religião alguma. Neste âmbito, revela-se emblemático e é uma referência essencial para os Estados o ordenamento internacional, enquanto não consente alguma derrogação da liberdade religiosa, salvo a legítima exigência da justa ordem pública.[7] Deste modo, o ordenamento internacional reconhece aos direitos de natureza religiosa o mesmo status do direito à vida e à liberdade pessoal, comprovando a sua pertença ao núcleo essencial dos direitos do homem, àqueles direitos universais e naturais que a lei humana não pode jamais negar.
A liberdade religiosa não é património exclusivo dos crentes, mas da família inteira dos povos da terra. É elemento imprescindível de um Estado de direito; não pode ser negada, sem ao mesmo tempo minar todos os direitos e as liberdades fundamentais, pois é a sua síntese e ápice. É «o papel de tornassol para verificar o respeito de todos os outros direitos humanos».[8] Ao mesmo tempo que favorece o exercício das faculdades humanas mais específicas, cria as premissas necessárias para a realização de um desenvolvimento integral, que diz respeito unitariamente à totalidade da pessoa em cada uma das suas dimensões.[9]
A dimensão pública da religião 
6. Embora movendo-se a partir da esfera pessoal, a liberdade religiosa – como qualquer outra liberdade – realiza-se na relação com os outros. Uma liberdade sem relação não é liberdade perfeita. Também a liberdade religiosa não se esgota na dimensão individual, mas realiza-se na própria comunidade e na sociedade, coerentemente com o ser relacional da pessoa e com a natureza pública da religião.
O relacionamento é uma componente decisiva da liberdade religiosa, que impele as comunidades dos crentes a praticarem a solidariedade em prol do bem comum. Cada pessoa permanece única e irrepetível e, ao mesmo tempo, completa-se e realiza-se plenamente nesta dimensão comunitária.
Inegável é a contribuição que as religiões prestam à sociedade. São numerosas as instituições caritativas e culturais que atestam o papel construtivo dos crentes na vida social. Ainda mais importante é a contribuição ética da religião no âmbito político. Tal contribuição não deveria ser marginalizada ou proibida, mas vista como válida ajuda para a promoção do bem comum. Nesta perspectiva, é preciso mencionar a dimensão religiosa da cultura, tecida através dos séculos graças às contribuições sociais e sobretudo éticas da religião. Tal dimensão não constitui de modo algum uma discriminação daqueles que não partilham a sua crença, mas antes reforça a coesão social, a integração e a solidariedade.
Liberdade religiosa, força de liberdade e de civilização:
os perigos da sua instrumentalização
7. A instrumentalização da liberdade religiosa para mascarar interesses ocultos, como por exemplo a subversão da ordem constituída, a apropriação de recursos ou a manutenção do poder por parte de um grupo, pode provocar danos enormes às sociedades. O fanatismo, o fundamentalismo, as práticas contrárias à dignidade humana não se podem jamais justificar, e menos ainda o podem ser se realizadas em nome da religião. A profissão de uma religião não pode ser instrumentalizada, nem imposta pela força. Por isso, é necessário que os Estados e as várias comunidades humanas nunca se esqueçam que a liberdade religiosa é condição para a busca da verdade e que a verdade não se impõe pela violência mas pela «força da própria verdade».[10] Neste sentido, a religião é uma força positiva e propulsora na construção da sociedade civil e política.
Como se pode negar a contribuição das grandes religiões do mundo para o desenvolvimento da civilização? A busca sincera de Deus levou a um respeito maior da dignidade do homem. As comunidades cristãs, com o seu património de valores e princípios, contribuíram imenso para a tomada de consciência das pessoas e dos povos a respeito da sua própria identidade e dignidade, bem como para a conquista de instituições democráticas e para a afirmação dos direitos do homem e seus correlativos deveres.
Também hoje, numa sociedade cada vez mais globalizada, os cristãos são chamados – não só através de um responsável empenhamento civil, económico e político, mas também com o testemunho da própria caridade e fé – a oferecer a sua preciosa contribuição para o árduo e exaltante compromisso em prol da justiça, do desenvolvimento humano integral e do recto ordenamento das realidades humanas. A exclusão da religião da vida pública subtrai a esta um espaço vital que abre para a transcendência. Sem esta experiência primária, revela-se uma tarefa árdua orientar as sociedades para princípios éticos universais e torna-se difícil estabelecer ordenamentos nacionais e internacionais nos quais os direitos e as liberdades fundamentais possam ser plenamente reconhecidos e realizados, como se propõem os objectivos – infelizmente ainda menosprezados ou contestados – da Declaração Universal dos direitos do homem de 1948.
Uma questão de justiça e de civilização:
o fundamentalismo e a hostilidade contra os crentes prejudicam
a laicidade positiva dos Estados
8. A mesma determinação, com que são condenadas todas as formas de fanatismo e de fundamentalismo religioso, deve animar também a oposição a todas as formas de hostilidade contra a religião, que limitam o papel público dos crentes na vida civil e política.
Não se pode esquecer que o fundamentalismo religioso e o laicismo são formas reverberadas e extremas de rejeição do legítimo pluralismo e do princípio de laicidade. De facto, ambas absolutizam uma visão redutiva e parcial da pessoa humana, favorecendo formas, no primeiro caso, de integralismo religioso e, no segundo, de racionalismo. A sociedade, que quer impor ou, ao contrário, negar a religião por meio da violência, é injusta para com a pessoa e para com Deus, mas também para consigo mesma. Deus chama a Si a humanidade através de um desígnio de amor, o qual, ao mesmo tempo que implica a pessoa inteira na sua dimensão natural e espiritual, exige que lhe corresponda em termos de liberdade e de responsabilidade, com todo o coração e com todo o próprio ser, individual e comunitário. Sendo assim, também a sociedade, enquanto expressão da pessoa e do conjunto das suas dimensões constitutivas, deve viver e organizar-se de modo a favorecer a sua abertura à transcendência. Por isso mesmo, as leis e as instituições duma sociedade não podem ser configuradas ignorando a dimensão religiosa dos cidadãos ou de modo que prescindam completamente da mesma; mas devem ser comensuradas – através da obra democrática de cidadãos conscientes da sua alta vocação – ao ser da pessoa, para o poderem favorecer na sua dimensão religiosa. Não sendo esta uma criação do Estado, não pode ser manipulada, antes deve contar com o seu reconhecimento e respeito.
O ordenamento jurídico a todos os níveis, nacional e internacional, quando consente ou tolera o fanatismo religioso ou anti-religioso, falta à sua própria missão, que consiste em tutelar e promover a justiça e o direito de cada um. Tais realidades não podem ser deixadas à mercê do arbítrio do legislador ou da maioria, porque, como já ensinava Cícero, a justiça consiste em algo mais do que um mero acto produtivo da lei e da sua aplicação. A justiça implica reconhecer a cada um a sua dignidade,[11] a qual, sem liberdade religiosa garantida e vivida na sua essência, fica mutilada e ofendida, exposta ao risco de cair sob o predomínio dos ídolos, de bens relativos transformados em absolutos. Tudo isto expõe a sociedade ao risco de totalitarismos políticos e ideológicos, que enfatizam o poder público, ao mesmo tempo que são mortificadas e coarctadas, como se lhe fizessem concorrência, as liberdades de consciência, de pensamento e de religião.
Diálogo entre instituições civis e religiosas
9. O património de princípios e valores expressos por uma religiosidade autêntica é uma riqueza para os povos e respectivas índoles: fala directamente à consciência e à razão dos homens e mulheres, lembra o imperativo da conversão moral, motiva para aperfeiçoar a prática das virtudes e aproximar-se amistosamente um do outro sob o signo da fraternidade, como membros da grande família humana.[12]
No respeito da laicidade positiva das instituições estatais, a dimensão pública da religião deve ser sempre reconhecida. Para isso, um diálogo sadio entre as instituições civis e as religiosas é fundamental para o desenvolvimento integral da pessoa humana e da harmonia da sociedade.
Viver no amor e na verdade
10. No mundo globalizado, caracterizado por sociedades sempre mais multiétnicas e pluriconfessionais, as grandes religiões podem constituir um factor importante de unidade e paz para a família humana. Com base nas suas próprias convicções religiosas e na busca racional do bem comum, os seus membros são chamados a viver responsavelmente o próprio compromisso num contexto de liberdade religiosa. Nas variadas culturas religiosas, enquanto há que rejeitar tudo aquilo que é contra a dignidade do homem e da mulher, é preciso, ao contrário, valer-se daquilo que resulta positivo para a convivência civil.
O espaço público, que a comunidade internacional torna disponível para as religiões e para a sua proposta de «vida boa», favorece o aparecimento de uma medida compartilhável de verdade e de bem e ainda de um consenso moral, que são fundamentais para uma convivência justa e pacífica. Os líderes das grandes religiões, pela sua função, influência e autoridade nas respectivas comunidades, são os primeiros a ser chamados ao respeito recíproco e ao diálogo.
Os cristãos, por sua vez, são solicitados pela sua própria fé em Deus, Pai do Senhor Jesus Cristo, a viver como irmãos que se encontram na Igreja e colaboram para a edificação de um mundo, onde as pessoas e os povos «não mais praticarão o mal nem a destruição (...), porque o conhecimento do Senhor encherá a terra, como as águas enchem o leito do mar» (Is 11, 9). 
Diálogo como busca em comum
11. Para a Igreja, o diálogo entre os membros de diversas religiões constitui um instrumento importante para colaborar com todas as comunidades religiosas para o bem comum. A própria Igreja nada rejeita do que nessas religiões existe de verdadeiro e santo. «Olha com sincero respeito esses modos de agir e viver, esses preceitos e doutrinas que, embora se afastem em muitos pontos daqueles que ela própria segue e propõe, todavia reflectem não raramente um raio da verdade que ilumina todos os homens».[13]
A estrada indicada não é a do relativismo nem do sincretismo religioso. De facto, a Igreja «anuncia, e tem mesmo a obrigação de anunciar incessantemente Cristo, “caminho, verdade e vida” (Jo 14, 6), em quem os homens encontram a plenitude da vida religiosa e no qual Deus reconciliou consigo mesmo todas as coisas».[14] Todavia isto não exclui o diálogo e a busca comum da verdade em diversos âmbitos vitais, porque, como diz uma expressão usada frequentemente por São Tomás de Aquino, «toda a verdade, independentemente de quem a diga, provém do Espírito Santo».[15]
Em 2011, tem lugar o 25º aniversário da Jornada Mundial de Oração pela Paz, que o Venerável Papa João Paulo II convocou em Assis em 1986. Naquela ocasião, os líderes das grandes religiões do mundo deram testemunho da religião como sendo um factor de união e paz, e não de divisão e conflito. A recordação daquela experiência é motivo de esperança para um futuro onde todos os crentes se sintam e se tornem autenticamente obreiros de justiça e de paz.
Verdade moral na política e na diplomacia
12. A política e a diplomacia deveriam olhar para o património moral e espiritual oferecido pelas grandes religiões do mundo, para reconhecer e afirmar verdades, princípios e valores universais que não podem ser negados sem, com os mesmos, negar-se a dignidade da pessoa humana. Mas, em termos práticos, que significa promover a verdade moral no mundo da política e da diplomacia? Quer dizer agir de maneira responsável com base no conhecimento objectivo e integral dos factos; quer dizer desmantelar ideologias políticas que acabam por suplantar a verdade e a dignidade humana e pretendem promover pseudo-valores com o pretexto da paz, do desenvolvimento e dos direitos humanos; quer dizer favorecer um empenho constante de fundar a lei positiva sobre os princípios da lei natural.[16] Tudo isto é necessário e coerente com o respeito da dignidade e do valor da pessoa humana, sancionado pelos povos da terra na Carta da Organização das Nações Unidas de 1945, que apresenta valores e princípios morais universais de referência para as normas, as instituições, os sistemas de convivência a nível nacional e internacional.
Para além do ódio e do preconceito
13. Não obstante os ensinamentos da história e o compromisso dos Estados, das organizações internacionais a nível mundial e local, das organizações não governamentais e de todos os homens e mulheres de boa vontade que cada dia se empenham pela tutela dos direitos e das liberdades fundamentais, ainda hoje no mundo se registam perseguições, descriminações, actos de violência e de intolerância baseados na religião. De modo particular na Ásia e na África, as principais vítimas são os membros das minorias religiosas, a quem é impedido de professar livremente a própria religião ou mudar para outra, através da intimidação e da violação dos direitos, das liberdades fundamentais e dos bens essenciais, chegando até à privação da liberdade pessoal ou da própria vida.
Temos depois, como já disse, formas mais sofisticadas de hostilidade contra a religião, que nos países ocidentais se exprimem por vezes com a renegação da própria história e dos símbolos religiosos nos quais se reflectem a identidade e a cultura da maioria dos cidadãos. Frequentemente tais formas fomentam o ódio e o preconceito e não são coerentes com uma visão serena e equilibrada do pluralismo e da laicidade das instituições, sem contar que as novas gerações correm o risco de não entrar em contacto com o precioso património espiritual dos seus países.
A defesa da religião passa pela defesa dos direitos e liberdades das comunidades religiosas. Assim, os líderes das grandes religiões do mundo e os responsáveis das nações renovem o compromisso pela promoção e a tutela da liberdade religiosa, em particular pela defesa das minorias religiosas; estas não constituem uma ameaça contra a identidade da maioria, antes, pelo contrário, são uma oportunidade para o diálogo e o mútuo enriquecimento cultural. A sua defesa representa a maneira ideal para consolidar o espírito de benevolência, abertura e reciprocidade com que se há-de tutelar os direitos e as liberdades fundamentais em todas as áreas e regiões do mundo.
Liberdade religiosa no mundo
14. Dirijo-me, por fim, às comunidades cristãs que sofrem perseguições, discriminações, actos de violência e intolerância, particularmente na Ásia, na África, no Médio Oriente e de modo especial na Terra Santa, lugar escolhido e abençoado por Deus. Ao mesmo tempo que lhes renovo a expressão do meu afecto paterno e asseguro a minha oração, peço a todos os responsáveis que intervenham prontamente para pôr fim a toda a violência contra os cristãos que habitam naquelas regiões. Que os discípulos de Cristo não desanimem com as presentes adversidades, porque o testemunho do Evangelho é e será sempre sinal de contradição.
Meditemos no nosso coração as palavras do Senhor Jesus: «Felizes os que choram, porque hão-se ser consolados. (...) Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. (...) Felizes sereis quando, por minha causa, vos insultarem, vos perseguirem e, mentido, vos acusarem de toda a espécie de mal. Alegrai-vos e exultai, pois é grande nos Céus a vossa recompensa» (Mt 5, 4-12). Por isso, renovemos «o compromisso por nós assumido no sentido da indulgência e do perdão – que invocamos de Deus para nós, no “Pai-nosso” – por havermos posto, nós próprios, a condição e a medida da desejada misericórdia: “perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”(Mt 6, 12)».[17] A violência não se vence com a violência. O nosso grito de dor seja sempre acompanhado pela fé, pela esperança e pelo testemunho do amor de Deus. Faço votos também de que cessem no Ocidente, especialmente na Europa, a hostilidade e os preconceitos contra os cristãos pelo facto de estes pretenderem orientar a própria vida de modo coerente com os valores e os princípios expressos no Evangelho. Mais ainda, que a Europa saiba reconciliar-se com as próprias raízes cristãs, que são fundamentais para compreender o papel que teve, tem e pretende ter na história; saberá assim experimentar justiça, concórdia e paz, cultivando um diálogo sincero com todos os povos.
Liberdade religiosa, caminho para a paz
15. O mundo tem necessidade de Deus; tem necessidade de valores éticos e espirituais, universais e compartilhados, e a religião pode oferecer uma contribuição preciosa na sua busca, para a construção de uma ordem social justa e pacífica a nível nacional e internacional.
A paz é um dom de Deus e, ao mesmo tempo, um projecto a realizar, nunca totalmente cumprido. Uma sociedade reconciliada com Deus está mais perto da paz, que não é simples ausência de guerra, nem mero fruto do predomínio militar ou económico, e menos ainda de astúcias enganadoras ou de hábeis manipulações. Pelo contrário, a paz é o resultado de um processo de purificação e elevação cultural, moral e espiritual de cada pessoa e povo, no qual a dignidade humana é plenamente respeitada. Convido todos aqueles que desejam tornar-se obreiros de paz e sobretudo os jovens a prestarem ouvidos à própria voz interior, para encontrar em Deus a referência estável para a conquista de uma liberdade autêntica, a força inesgotável para orientar o mundo com um espírito novo, capaz de não repetir os erros do passado. Como ensina o Servo de Deus Papa Paulo VI, a cuja sabedoria e clarividência se deve a instituição do Dia Mundial da Paz, «é preciso, antes de mais nada, proporcionar à Paz outras armas, que não aquelas que se destinam a matar e a exterminar a humanidade. São necessárias sobretudo as armas morais, que dão força e prestígio ao direito internacional; aquela arma, em primeiro lugar, da observância dos pactos».[18] A liberdade religiosa é uma autêntica arma da paz, com uma missão histórica e profética. De facto, ela valoriza e faz frutificar as qualidades e potencialidades mais profundas da pessoa humana, capazes de mudar e tornar melhor o mundo; consente alimentar a esperança num futuro de justiça e de paz, mesmo diante das graves injustiças e das misérias materiais e morais. Que todos os homens e as sociedades aos diversos níveis e nos vários ângulos da terra possam brevemente experimentar a liberdade religiosa, caminho para a paz!
Vaticano, 8 de Dezembro de 2010.

BENEDICTUS PP XVI

Perseguição religiosa em Bauru SP


reja deu.
De: Procurador IGREJA  CATOLICA APOSTOLICA CARISMATICA
Prezados irmãos em Cristo, paz e uma semana Santa na graça do Espírito Santo.
Como já deve ser do vosso conhecimento, recentemente houve uma quebra de decoro , falta de ética e total discriminação, contra o Padre Valmir e a Igreja nossa em Bauru.
O padre nosso esta por muitos anos em Bauru e na região.
O Bispo da diocese Romana, chegou depois, talvez por desconhecer ou por ser mal acessorado, emitiu uma nota, esclarecendo que a nossa Igreja não pertence a dele.
Até aí tudo normal, mas o Bispo em questão, citou de forma pejorativa, pois alegou até desconhecer o nome de nosso padre, veja qualquer escritorio por menor que seja, tem acesso a internet, a e mails, ele chegou ao cumulo de se referir ao nosso Presbítero como "senhor", até negando o reconhecimento de padre.
Talvez ele desconheça os padres de outras Igrejas, mas e as mais de CEM IGREJAS CATÓLICAS NÃO ROMANAS QUE TEM NO BRASIL?
Algumas delas muito conhecidas, como Igreja Católica Maronita, Igreja Ortodoxa, IGREJA CATÓLICA APOSTOLICA CARISMATICA e até a IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA BRASILEIRA.
Vejam amados em Cristo, que ele deve desconhecer que no mundo Oriental a maioria das Igrejas não são romanas, mas se respeitam.
O Papa João Paulo II deu grande prova, devolvendo as relíquias que pertenciam a Igreja Ortodoxa e até pediu perdão.
Neste ano de 2011 o Papa Bento XVI, iniciou o ano com o tema : Liberdade religiosa, caminho para a paz.
O link esta na Radio do Vaticano.
Isto tudo soa muito mal, o que levou o Primaz da ICAC, a emitir comunicado, sem se referir ao outro bispo, mas mostrando que a Igreja em Bauru , está ligada ao Supremo Concílio de uma Igreja que está por décadas no país, trabalhando em harmonia sempre.
Se ele desconhece isto, que A IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA CARISMATICA,  não é igreja nova, muito pelo contrário.
Também tomado de ira, chegou a pedir que os órgãos laícos do país emitissem tal nota, não usando apenas instrumentos de sua Organização.
Isto a nosso ver configura "Discriminação Religiosa" , sempre evitamos ter que ir para a Justiça, pois que exemplo estariamos dando, aos não cristãos?
Mas vejam que nosso Magistério, ficou perplexo, pois em 20 anos de vida religiosa, até então , uma linha sequer foi escrita na imprensa, contra o padre.
A imprensa em nada tem a ver, como de imediato, deu a resposta do Primaz.
Mas o motivo apurado, foi o fato da Igreja depois de muitos anos de luta, ter um prédio melhor. Foi alegado que houve confusão por muitas ligações, fato que o proprio padre apurou, NÃO PROCEDER, pois a mesma nota, apenas alterado nome e cidade foi emitida em São josé do Rio Preto, até confundindo a ICAC, com a IGREJA CATÓLICA CARISMATICA(Igreja de Belém) que Juridicamente nada tem a ver com A ICAC.
Tudo isto realmente condiz com o artigo que foi publicado por voces.
Isto se configura em perseguição religiosa, pois por mais tradicional que seja uma Igreja, deve se ter o respeito pelas outras. A Igreja Ortodoxa a mais antiga do Mundo, que dirige as Igrejas, na Terra Santa, berço do Cristianismo, jamais se manifestou desta forma.
Títulos de Padres, Bispos, Altares, orações, celebrações, missas, são termos bíblicos.
O que nos indigna, pois da forma que colocou parece que alguém está se autodenominando sacerdote, quando não.
se trata de uma Igreja que JURIDICAMENTE, integra uma instituição séria, idonea, que possui seminarios , uma fundação e Inumeras Paróquias, muitas enormes e até proprias.
Em tudo isto, não enxergamos Cristianismo.
Lamentavel, pois fomos constatar na própria imprensa, que já houve este ano , manifestações de paroquianos romanos, se referindo a tristeza com que o sr bispo conduziu certas homilias, se referindo aos seus proprios padres,isto foi publicado na COLUNA DO LEITOR, DO JC JCNET, como MISSAS CONSTRANGEDORAS, onde uma pessoa reclama  da forma que o sr bispo, conduz os seu rebanho.
Isto não nos diz respeito, mas se até o rebanho dele, conduz assim, como irá se referir as outras Igrejas?
Rogamos as vossas orações, não iremos nós promover brigas religiosas, a Internet ja esta cheio disto.
È tempo de paz, de darmos o exemplo. Por exemplo, porque o senhor Bispo ai não enviou um chanceler, ou um comunicado direto via CORREIO?
Justamente para por em descrédito o trabalho sério de anos e anos, mas isto em nada nos abala.
Recebemos inumeras manifestações, pessoas que admiraram sim a nota do BISPO DA ICAC, pois este não faltou com educação e mostrou a seriedade de nosso padre e da Igreja.
Solicito vossas orações,
Embora todo Supremo Concílio da ICAC, já está tomando as medidas, mas como é nossa filosofia, respeitar sempre, porém nos defendermos se formos ofendidos, na oraçao e nas medidas cristãs, dentro da lei.
Que vergonha para Bauru, ter um religioso que age assim.
Em momento algum citamos os "Escândalos que por ai estão" poderíamos citar nesta hora, nas dioceses onde esteve antes, ou de outras dioceses, porém, estaríamos indo ao mesmo nível de baixa espiritualidade.
Mas por outro lado, estamos felizes pelas bençãos, toda perseguição trás bençãos.
Diz a Santa palavra" Operando Deus quem impedirá?
Ninguém, mesmo que  falem, continuamos dizendo : Amamos a todos, que Deus tenha misericórdia de suas almas, oxalá se convertam na quaresma.
Paz e bem.

terça-feira, 12 de abril de 2011

SERÁ VERDADE ISTO? Igrejas falsas?

Recentemente fui surpreendido com várias correspondências, que a princípio me deixaram estarrecido.
A Igreja maior do país, ligada a Roma, não pode ser culpada por atos isolados.
Mas também não pode ser conivente com Bispos, padres, ou outros que falam como sendo em nome da Igreja.
Igrejas católicas Nacionais, tem recebido pasmem os senhores, a injúria e a difamação, ao ponto de algumas serem chamadas de igrejas falsas católicas.
Hora dos senhores bispos católicos não romanos, irem a CNBB, protestarem, pois nas centenas de dioceses CATOLICAS não romanas, existe uma indignação.
Consultei varios especialistas em religião, uma solução rápida é alguem de posse de documentos de todas as Igrejas, apelar para a ONU, assim o fez anos atrás o Missionario Manoel de Mello, quando teve varias perseguições.
Em qualquer lugar que um padre, Bispo, pastor, se diriga a uma outra igreja, dizendo que é falsa. De imediato deve serem tomadas medidas judiciais, eclesiasticas e esclarecido o povo, que isto é uma mentira.
Todas as Igrejas Católicas não romanas do Brasil, tem o mesmo direito perante a lei.
Em todas existe a formação teológica e onde tem havido ATOS ESCANDALOSOS?
Nas igrejas véteros católicas? Nas Nacionais? Ou em quais?
Parem e pensem.
Lembrando a todos que o respeito deve existir por todas as igrejas, porém se em alguma cidade, houver citações na Internet, radio, televisão , jornais, que se responda a altura, pois milhões de fiéis no Brasil , estarão dispostos a protestarem.
Que claro fique , a imprensa brasileira em nada tem a ver com isto, mas se tratam dos mesmos que ainda pensam que a terra é quadrada.
Não existe Igreja Católica falsa, existem Igrejas católicas não romanas. Graças a Deus.
Que falta fez no mundo o SANTO PAPA JOÃO PAULO II!